Na disciplina de Iniciação a Pesquisa, ministrada aos 1°s Anos A e B pela coordenadora pedagógica Bernadete Costa, os alunos trabalharam o Projeto “Palavra Lúdica”. Sua proposta é estimular a escrita, a leitura e a fala por meio de poemas e atividades de pesquisas, interpretações, exposição de ideias, composições, desenhos em que o aluno poderá mostrar suas emoções usando de recurso tão expressivo que é a linguagem poética.
Nos assuntos abordados na matéria, se percebe a importância da poesia para desenvolver as habilidades de leitura e escrita, de forma lúdica. Durante o processo, escritores locais são convidados a contar experiências literárias e interagir com os alunos.

Nos dias 18/9, 25/9 e 16/10 os alunos receberam a visita de Marinaldo Silva e Silva, que é escritor e já possui mais de 10 livros publicados.
Abaixo o texto produzido em dinâmica desenvolvida, no dia 16 de outubro, de forma interventiva no intervalo dos alunos que circulavam pelo hall da Escola Bolshoi. Para a ativifade, foram sugeridas pelos alunos as palavras:

CUMPLICIDADE, FEIJÃO, DIAMANTE, PEDRA, TRISTEZA, PAZ, SUPIMPA, ALGODÃO, COLIBRI, INFINITO, FEIA, SOLIDÃO, DESERTO, ESTRELA.

Confira o resultado:

Dançando Com As Palavras
Alunos participantes: Narayan, Maria Eduarda, Julia, Fanny, Tayssa, Sara, Arthur, André, Adrian, João Pedro.

Numa manhã de 2087, um grupo de velhinhos, que um dia foram bailarinos, se reuniu para falar de cumplicidade. Arthur lembrou de seu cachorro chamado Feijão, e sentiu naquela hora uma baita fome. Dona Julia, vestindo um vestido que brilhava como um diamante, bateu palmas e uma mesa farta apareceu. Disse que aprendeu aquela magia com uma bailarina russa que nunca se atrevia a não sorrir. Depois que comeram, Narayan, de bengala e tudo, tomou a frente e caminhou até o rio que havia nos fundos da casa, e mostrou uma pedra, que dizia, curava toda tristeza. Curava tanto, que encheu todo mundo de paz, num módulo de paz. Foi aí, no meio daquela sensação, que entrou latindo, Supimpa, a companheira de Feijão. Foi uma bagunça só. Maria Eduarda até falou e viu que mesmo no barulho pode haver paz. Feijão admirou como Supimpa era fofinha, igual um algodão. João Pedro, brilhando como uma estrela, tinha os olhos iluminados quando falou das suas danças pelo mundo, enquanto André lembrava como dançava como um Colibri, um Colibri que cobria todo o infinito. Em 2087, eles lembraram como fizeram a escolha certa. Nos fundos da casa Narayan, se reuniram e, todos juntos, pareciam um farol, uma grande luz que os deixava longe da solidão, do deserto, e perto da ideia de que a vida vivida não tem nada de feia, que a vida vivida é a melhor ideia do mundo. E juntos, dançaram, com a dificuldade dos velhinhos, o amor. Com o próprio amor no coração, nos pés e na imaginação.
(Texto enviado pelo escritor Marinaldo Silva e Silva)

Na Sexta Com Arte do dia 24 de novembro, os alunos apresentarão um Sarau Literário, com os poemas escritos por eles. Agende, e venha assistir a poesia florescer em terra fértil: 24/11 das 11h15 às 12h.

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